José Higino Perea Pascual, nascido em Lima, Peru, em 12 de janeiro de 1939, filho de mãe Inca e pai norte-americano, passou a infância em Cusco, antiga capital do Império Inca. Foi lá que o jovem descobriu sua vocação para as artes.

Ele teve seu início artístico dedicado ao artesanato, explorando habilidades em materiais como cobre, madeira e couro. Sua jornada artística foi marcada por uma busca incessante pelo aprimoramento, levando a estudar diversas áreas artísticas, incluindo desenho, pintura, escultura, tapeçaria e pirogravura até os 14 anos.

Perea foi um grande artista plástico peruano que viajou o mundo e residiu por 5 décadas na cidade de Dois Irmãos, onde também faleceu em 2019. Porém, sua arte é atemporal e retrata principalmente a cultura cusquenha, imortalizando suas raízes e inspirações em suas obras.

Arte cusquenha

A arte cusquenha refere-se à produção artística que se desenvolveu na cidade de Cusco, no Peru, durante os séculos XVI e XVII, período colonial.

Caracterizada pela fusão de influências indígenas e espanholas, essa arte combina elementos do barroco espanhol com motivos e símbolos da cultura inca. Destaca-se pelo uso de cores vibrantes, representações detalhadas de figuras religiosas e temas cristãos, bem como pela preservação de elementos simbólicos indígenas.

Escultura em madeira e pedra, pintura em tela e arte sacra são formas comuns de expressão artística na arte cusquenha, que desempenhou um papel significativo na propagação do cristianismo na região Andina, enquanto preservava aspectos da cultura inca.

Hoje, é valorizada por sua beleza estética e significado histórico-cultural, com muitas peças importantes encontradas em museus e galerias em todo o mundo.